Minha alma
Minha alma,
segue e voa alto e baixo por colinas, como um corvo
Minha alma
vaga os campos de cada vida como um lobo solitário
Minha alma,
eterna e livre, voa como uma coruja
Meu espírito imortal
carrega a independência como direito hereditário.
Tudo o que eu
já vivi, eu sofri, quantas vezes eu morri
Todos que
amei, odiei, todos que aprisionei e libertei
Todas as
vezes que eu cheguei até o céu e vi o paraíso
E todas as
vezes que baixei aos infernos, a lama eu toquei.
Minha alma,
segue prisioneira de mim mesma
Mas livre
perante a Eternidade
Sou eu mesma
herdeira de mim
Caminhando e
carregando comigo a imortalidade.
Antonia
Ataide